Veja dicas nutricionais durante a amamentação.
Muitas pessoas já ouviram a seguinte frase: “Meu leite é fraco”. A verdade é que não existe leite fraco nem ruim, pois a mãe produz o leite ideal para o seu filho, com aquilo que ele realmente necessita.
No entanto, para que o leite fique mais rico em nutrientes especiais para o desenvolvimento e crescimento do bebê (e isso sem que a mãe deixe de eliminar o peso extra adquirido na gestação) são necessárias algumas alterações na dieta.
Existem alimentos que melhoram a qualidade do leite e ajudam na sua produção e, em contrapartida, há outros que podem causar alergias e deixar os bebês agitados.
A dieta equilibrada, rica em gorduras insaturadas, carboidratos de lenta absorção, fibras, proteínas, vitaminas e minerais, é a melhor forma de aumentar o valor nutritivo do leite.
Seguem algumas dicas importantes para esta fase:
• O consumo de água deve ser adequado, sendo fracionado ao longo do dia.
• Alguns estudos dizem que os derivados de milho aumentam a produção de leite. O indicado é consumir uma porção de 3 a 5 vezes por semana.
• Os alimentos ricos em ômega 3 são os únicos que, comprovadamente, ajudam no aumento da produção e qualidade do leite, como, por exemplo, peixes de água fria (salmão, atum, truta, bacalhau, anchova e arenque). Caso a mãe não goste desses alimentos, ela pode optar pela suplementação, mas sempre sob supervisão de um profissional qualificado. Além do benefício para a mãe, esse nutriente garante melhor desenvolvimento do cérebro do bebê.
• Para evitar cólicas, não consuma carne de porco, chocolate, leite de vaca integral, queijos gordurosos, embutidos, enlatados, frituras, doces e temperos fortes, como páprica, pimenta, corantes etc.
• Os alimentos que costumam dar mais reações negativas no bebê quando consumidos pela nutriz são: leite de vaca, refrigerantes, amendoim, frutos do mar, carne de porco, álcool e chocolate.
• Café e bebidas com cafeína devem ser consumidas com moderação (no máximo 2 xícaras de café ao dia), pois o excesso pode, além de deixar o bebê agitado, dificultar o ganho de peso adequado no bebê.
• O álcool não deve ser consumido pela mãe durante todo o período de amamentação, pois esse é transferido para o leite, e o bebê pode ficar alcoolizado e até mesmo dependente. Além disso, estudos garantem que o bebê pode ter seu sistema imunológico alterado por causa dessa bebida.
• O refrigerante é ruim para o bebê por causa do açúcar e dos conservantes, que aumentam as cólicas e pioram o estado nutricional no bebê. Já a água com gás não tem esse efeito, mas não por isso deve ser usada no lugar da água mineral.
• Estudos garantem que a mãe deve variar a alimentação e evitar a monotonia na dieta para melhorar o paladar das crianças (para que elas aceitem melhor os alimentos quando introduzido na dieta delas). Estudos realizados na Europa indicam que o sabor dos alimentos consumidos pela mãe é transferido para o leite em questão de minutos e permanecem por até 8 horas, como é o caso da menta. Esses estudos ainda verificaram que as frutas cítricas e os vegetais amarelo-alaranjados alteram inclusive a coloração do leite. Isso mostra que a alimentação variada da mãe pode influenciar na aceitação do bebê quando começar a comer. No caso das mães que utilizam fórmulas, a mudança das marcas pode causar o mesmo efeito.
• Muitas pessoas têm a seguinte dúvida: se a mãe beber leite de vaca vai ajudar a aumentar a produção do leite materno? Isso é apenas um mito. Pelo contrário, o consumo excessivo de leite de vaca e derivados pode desencadear inúmeros problemas para o bebê, como cólicas, alergias, intolerâncias etc.
• A outra dúvida é: amamentar ajuda a emagrecer? Sim, o ato de amamentar pode aumentar o gasto calórico da mãe em até 800 calorias (equivalente a quase 2 horas de corrida).
Estudo recente mostrou a presença de uma substância no leite materno que não pode ser encontrado nas fórmulas. Trata-se de uma secreção inibidora de tripsina (proteína presente no intestino) denominada PSTI. Sua função é proteger a glândula das enzimas digestivas produzidas por ela mesma e assim protege o intestino do bebê. Porém, isso só ocorre quando a amamentação é exclusiva, sem uso de fórmulas adicionais, água ou os famosos chazinhos terapêuticos.